26 agosto 2012

A praia deserta Esperava os amantes



E o mar consentia o não consentido amor.
Caminhavam os dois
Lado a lado,
Mão confundida na mão que trêmula se comprimia
Numa muda aceitação, ambos pisavam
O mesmo desejo sofrendo calados.



O mesmo segredo.

Nas distâncias incontidas
Se perdiam olhares esperando fantasmas
Almas em confusão, a areia sentia
O peso dos corpos de quem o peso
Das almas pesava.

A calma do mar
Os assombrava e assim eles sentiam
Que o mar consentia o não consentido amor.
Amor de dois seres que tudo perdiam
Porque só perdendo podiam se encontrar

Anônimo

Nenhum comentário:

Bem vindo a este blog, espero que volte sempre. Obrigado...

Lembre

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...