26 fevereiro 2009

AMO-TE



Amo-te quanto em largo,
alto e profundo
Minha alma alcança,
quando, transportada,
Sente, alongando os olhos
deste mundo,
Os fins do ser,
a graça estressonhada.
Amo-te em cada dia,
hora e segundo:
À luz do sol,
na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de
que me inundo
Quanto o pudor dos que
não pedem nada.
Amo-te com o doer das
velhas penas,
Com sorrisos,
com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância,
ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas
mais pequenas.
Por toda a vida.
E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei
depois da morte.


Elizabeth Barret Browning

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